segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Nossa Senhora de Fátima

Primeira Aparição

Foi a 13 de maio de 1917, como se disse, quando Portugal via morrer seus filhos nos campos de batalha, em França.
Três criancinhas apascentavam um pequeno rebanho de ovelhas na Cova da Iria.
A mais velha, Lúcia de Jesus, bastante alta e forte para os seus dez anos, fizera já a sua primeira comunhão. Os seus dois primos Francisco e Jacinta Marto tinham respectivamente nove e sete anos. Nenhuma sabia ler: pobres filhos da serra, alegre e despreocupado, brincavam alegres nesse dia de maio, enquanto as ovelhas pastavam pacificamente.
Por volta do meio dia, Lúcia lembrou a reza do terço que tinham por costume todos os dias. Acabada a oração, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, quando, de repente, uma luz brilhante cortou rápido o céu. Julgando ter sido algum relâmpago, não obstante o céu sereno e desanuviado, a toda a pressa juntou o rebanho. Mas eis que novo clarão iluminou o espaço e as crianças notaram com espanto, em cima de uma pequena azinheira, uma Senhora de incomparável beleza toda resplandecente de luz. Parecia ter os seus 17 anos. Velava-lhe o semblante que leve sombra de tristeza e dor. Das mãos erguidas pendia um rosário de brancas pérolas. O vestido era também branco. Da fronte inclinada de que transparecia uma ternura infinda, descia um magnífico manto orlado de ouro até aos pés, que mal se viam sobre a nuvem luminosa. O conjunto da atitude e do trajar era digno e majestoso. Da aparição emanava um resplendor que o olhar mal podia suportar. O primeiro pensamento dos pastorinhos foi fugir. Mas a Senhora os deteve prometendo que não lhes faria mal algum. Deviam vir àquele lugar, sempre pelo meio dia a 13 de cada mês até outubro.

Logo que recuperou a fala, Lúcia perguntou se ela, o Francisco e a Jacinta iriam para o céu. A senhora respondeu que era preciso rezar o rosário.

Terminada a aparição, as crianças olharam-se estupefatas e Lúcia perguntou aos primos se haviam visto e ouvido alguma coisa. Que sim. Respondeu Jacinta sem hesitar. Francisco disse que tinha visto muito bem, mas nada ouvira.
Seguidamente Lúcia recomendou que nada dissessem para não passarem por mentirosos, nem fosse caso que lhes ralhassem ou batessem.

Mas os dois irmãos não puderam conter-se e disseram tudo. A mãe destes foi à casa dos pais da Lúcia para se informar ao certo do que acontecera.

Lúcia vendo, então, que tudo se sabia, contou com sinceridade ocorrido. Dentro de pouco o caso era objeto de todas as conversas.

 Segunda Aparição

A mais velha, Lúcia de Jesus, bastante alta e forte para os seus dez anos, fizera já a sua primeira comunhão.
Os seus dois primos Francisco e Jacinta Marto tinham respectivamente nove e sete anos.
Nenhuma sabia ler: pobres filhos da serra, alegre e despreocupado, brincavam alegres nesse dia de maio, enquanto as ovelhas pastavam pacificamente.
Ensinou-lhes também está oração, que deviam rezar depois de cada dezena:
'Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem'
E acabou por lhes confiar um segredo que as crianças conservaram inviolável. Lúcia recebeu ordem de aprender a ler.
A princípio ninguém dava crédito às crianças. A 13 de junho, dia da segunda aparição na Cova da Iria, havia umas 60 pessoas.

Terceira Aparição

Caso avolumava-se, Cerca de 5.000 pessoas se haviam juntado na Cova da Iria.
Quando a senhora apareceu no céu, do lado do Oriente, Lúcia ordenou aos presentes que se ajoelhassem.Quando a senhora apareceu no céu, do lado do Oriente, Lúcia ordenou aos presentes que se ajoelhassem.

"A Imagem de N.Sra. de Fátima, venerada no Santuário do Sumaré, em São Paulo"

À pergunta sobre a sua procedência, a aparição respondeu amavelmente que vinha do céu.
Novamente recomendou a reza do rosário e acrescentou, que era por causa da guerra, porque só a sua intercessão poderia socorrer-nos.

A instâncias de pessoas que pediam provas, Lúcia perguntou à Senhora, o que faria Ela para que o povo acreditasse nas aparições.

A Senhora prometeu para o dia da última aparição um grande prodígio no céu.

Quarta Aparição

Devia realizar-se a 12 de agosto.

Pelo meio dia, muitos milhares de pessoas se tinham juntado nesse lugar.
De repente chega um rapazito correndo, e conta que o Administrador fora à casa dos pais das crianças oferecendo-se para levá-las no seu carro ao lugar das aparições, mas que tinha fugido a toda a velocidade em direção à Vila Nova de Ourém. A multidão revoltou-se, e protestou.

"A Imagem de N.Sra. de Fátima, venerada no Santuário do Sumaré, em São Paulo"

Dois dias as retiveram o Administrador em sua casa para convencê-las de impostura.

Não conseguindo que se contradissessem, ou revelassem o segredo confiado pela aparição, apesar de todas as promessas, carícias e ameaças, entregou-as aos pais.

A 19 de agosto, apascentavam o rebanho no sítio dos Valinhos quando, com grande admiração sua, vêm aparecer-lhes a senhora.

Queixou-se Ela da violência que lhes haviam feito e declarou que em castigo o prodígio de outubro seria menos grandioso.

Quinta Aparição

Era pelo tempo das vindimas. Apesar da urgência do trabalho, ainda lá compareceram à volta de 20.000 pessoas.

A multidão aproximou-se respeitosa do lugar das aparições. Os homens descobriram-se. Quase todos estavam de joelhos e rezavam com fervor. Ao meio dia em ponto, o sol começou a perder o brilho.

A atmosfera tomou uma cor de ouro, talvez produzida pela diminuição da luz solar. Os videntes tinham ficado junto da árvore e viram pela quinta vez, como declararam, a aparição. Recomendaram-lhes, mas uma vez, a reza do rosário, para obterem o fim da guerra. Prometeu que no mês seguinte apareceria também São José com o Menino Jesus e que este abençoaria o povo.

Sexta Aparição

Na tarde do dia 12 de outubro de 1917, uma grande multidão de pessoas, vindas muitas delas de terras distantes, tinham ocorrido de toda parte e se achavam já reunidas na Cova da Iria.
O céu cobrira-se de nuvens e a chuva miudinha, que começara de cair, não parou em toda a manhã do dia 13, de modo que a Cova da Iria tornou-se em breve um verdadeiro lamaçal.

Cálculos bem fundados computaram em setenta mil os assistentes.

Meia hora antes da aparição, chega os Pastorinhos e dirigem-se para junto da azinheira. A chuva teimosa e persistente continuava a atormentar os forasteiros.

Mas ninguém desanima. Os últimos carros chegam com os retardatários. Grupos de fiéis prostraram-se de joelhos, na lama, e Lúcia pede para fecharem os chapéus. Todos lhe obedecem prontamente! A criança anuncia então que a Senhora de novo lhe havia aparecido e falado, declarando, outrossim, que era a Senhora do Rosário.
Espetáculo único no seu gênero (espetáculo que poderá parecer incrível a quem não haja presenciado) se produziu então. De repente, rasgaram-se as nuvens e a chuva parou completamente. Duma elevação do caminho vê-se a multidão inumerável voltar-se para o sol, que aparecia agora no pino do céu, sem nuvens e sem mancha. Assemelhava-se a um disco de prata. Podia fitar-se afoitamente; o seu calor não queimava, nem o seu brilho cegava. Parecia estar-se em presença dum eclipse mais eis que a multidão rompe num grito e o clamor que então se fez ouvir foi estrondoso: Milagre! Milagre!

Na Cova da Iria, o bservando o fenomemo solar.

Qual roda de fogo, girava sobre si mesmo, com uma rapidez indescritível. O seu núcleo era escuro e só as bordas brilhavam. Parecia que tendo saído de sua órbita, se precipitava sobre o planeta que habitamos. Muitos gritavam já perdidamente, julgando ser chegado o fim do mundo. Ao mesmo tempo, feixes de luz de todas as cores do arco-íris espalhavam-se por cima da multidão, revestindo tudo e todos de amarelo, azul e escarlate, provocando assim nos circunstantes indizível admiração. Uma coluna de fumo semelhante a uma nuvem, a três ou quatro metros do solo, pairava sobre o local. Este acontecimento repetiu-se por três vezes bem distintas.

O espetáculo durou ao todo dez minutos. Fotografias tiradas naqueles breves momentos mostraram o sol semelhante a um disco de centro escuro e bordas luminoso.

Consta do processo canônico, que o fenômeno solar foi observado por pessoas que encontravam a cinco e mais quilômetros de distâncias. Não podia admitir, portanto, qualquer sombra de sugestão.

Ainda estas circunstâncias: Terminado o fenômeno, notaram todos com surpresa, que os próprios fatos, pouco antes encharcados, estavam completamente enxutos.

  
Os Videntes

LÚCIA DE JESUS

A principal protagonista das Apariçôes nasceu em 22 de Março de 1907, em Aljustrel, na paróquia de Fátima.
Em 17 de Junho de 1921, ingressou no Asilo de Vilar (Porto), dirigido pelas religiosas de Santa Doroteia. Depois foi para Tuy, onde tomou o hábito, com o nome de Maria Lúcia da Dores. Fez a profissão religiosa de votos temporários em 3 de Outubro de 1928 e, em 3 de Outubro de 1934, a de votos perpétuos. No dia 24 de Março de 1948, transferiu-se para Coimbra, onde ingressou no Carmelo de Santa Teresa tornando o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. No dia 31 de Maio de 1949 fez a sua profissão de votos solenes.A Irmã Lúcia veio a Fátima várias vezes: em 22 de Maio de 1946; em 13 de Maio de 1967; em 1981, para dirigir, no Carmelo, um trabalho pictórico sobre as Aparições; em 13 de Maio de 1982 e 13 de Maio de 1991.


FRANCISCO MARTO

Nasceu em 11 de Junho de 1908, em Aljustrel. Faleceu santamente no dia 4 de abril de 1919, na casa de seus pais. Muito sensível e contemplativo, orientou toda a sua oração e penitência para consolar a Nosso Senhor'.

Os seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até ao dia 13 de Março de 1952, data em que foram trasladados para a Basilica da Cova da Iria, lado nascente.

JACINTA MARTO

Nasceu em Aljustrel, no dia 11 de Março de 1910. Morreu santamente em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital de D. Estefânia, em Lisboa, depois de uma longa e dolorosa doença , oferecendo todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo e pelo Santo Padre.

Em 12 de Setembro de 1935 foi solenemente trasladado o seu cadáver do sepulcro da família do Barão de Alvaiázere, em Vila Nova de Ourém, para o cemitério de Fátima, e colocado junto dos restos mortais do seu irmãozinho Francisco.

No dia 1 de Maio de 1951, efectuou-se, com a maior simplicidade, a trasladação dos restos mortais de Jacinta para o novo sepulcro preparado na Basilica da Cova da Iria, lado poente.

O processo de beatificação dos Videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto, depois das primeiras diligências feitas em 1945, foi iniciado em 1952 e concluido em 1979.

Em 15 de Fevereiro de 1988, foi entregue ao Santo Padre João Paulo II e à Congregação para a Causa dos Santos a documentação final que poderá levar o Santo Padre a proclamar 'beatos' os dois videntes de Fátima. Entretanto foram já declarados ' veneráveis' por Decreto de 13 de Maio de 1989 daquela Congregação. O último passo será, como esperamos, a canonização, pela qual serão declarados 'santos'.

Fonte: www.fatima.com.br


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